sábado, 23 de agosto de 2008

HOMENAGEM À MINHA AVÓ




Seria de uma injustiça atróz não homenagear esta que foi a motivadora da criação deste blog. Ela não está mais vivendo fisicamente, mas com certeza estará sempre vivendo em nossas memórias e em nossos corações e muito francamente na minha memória e no meu coração. Mãe, assim eu a chamava, assim eu a considero, pois foi exatamente isto o que ela foi para mim durante toda a minha vida. Seu amor, sua honestidade, seu carinho, seu carisma, sua gentileza, nunca serão esquecidos. Com ela aprendi a ser verdadeiro, coerente, integro e acima de tudo ser humano. Dela herdei a simplicidade, a comunicação, a vivacidade e o amor por esta Terra que ela conhece desde antes de sua história começar a ser contada. Vó Emília, mãe, te amo e te amarei sempre.


De você ouvi a história verdadeira do processo de formação desta cidade. Parece que a ouço contando sobre a sua chegada em "GADO BRAVO" após se casar com meu avó Antônio, filho de Olavo , um dos primeiros moradores, das três casas (únicas) existentes ao redor da Lagoa; da chegada do primeiro carro (um caminhão que recebeu o nome de BATOM, devido à sua cor: vermelho); Em seguida, a picada que abriria a estrada de ferro, os trabalhadores que chegavam, o depósito sendo erguido, a estrada de ferro sendo feita, o Lastro, (o primeiro trêm chegando), o seu susto ao ser persuadida a dar sua primeira filha a uma mulher rica que veio no trêm, (muito provavelmente uma autoridade, ou mulher de politico, que pensava que o seu dinheiro podia comprar tudo, mas sua força e resistência foram mais fortes. Mas uma outra e invencível senhora levaria sua filha mais tarde: a morte. Guerreiramente acompanhaste até a morte o seu filho Deca. Eu só tinha 4 anos de idade, mas me lembro nitidamente de sua força. Tal qual a imagem de Nossa Senhora das Dores que segura seu filho morto no colo, também me lembro dessa cena protogonizada pela senhora.


Acompanhaste toda a história moderna de Licínio e sei que foste e serás sempre respeitada, pelo seu carater e pelo seu amor ao próximo.


Aqui prometo, sua história não cairá no esquecimento. Esta é apenas a primeira das muitas homenagens que quero lhe prestar.


Te amo para sempre.

8 comentários:

Pereira #64 disse...

"Aqui prometo, sua história não cairá no esquecimento. Esta é apenas a primeira das muitas homenagens que quero lhe prestar."

oi tebm !!!eu acho qi ficarias melhor assim "que queremos lhe prestar".

Dona Emilia é e sempre será um mito em nossa cidade, não por ser a primeira moradora de gado bravo, mais por ser uma mulher integra, uma senhora de fé e de respeito, sempre tive vontade de faze-la uma visita, e fico feliz por ter feito essa visita dias antes de seu falecimento, foi muito preazero pra mim ouvir aquela voz terna, aquela senhora cujo conhecimento e fé me impresionou, foi por alguns minutos, coisa 30 mim, mais foram 30 minutos inesqueciveis, eu carregarei esse momento comigo até o meu fim, uma tarde d domingo, por volta de 15:30 a brisa da lagoa soprava, foi um momento muito feliz para mim e como um apaixonado por licinio concordo, nós liciniensses não devemos deixar a história dessa senhora acabar com o tempo, temos que leva-la adiante, para que futuras gerações de liciniensses saibam quem foi D. Emilia.

um grande abraço a todos.

GEODUQUE disse...

Parabéns pela justa homenagem, Dona Emilia jamais será esquecida, ela foi e sempre será a história de Licinio.

Partiu, mas estará viva em nossas memoria.

Um grande abraço a todos.

Unknown disse...

Jefferson suas palavras foram absolutamente gentis. Fico agradecido pelo carinho.
Um grande e fraterno abraço

Unknown disse...

é isso ai
dona Emilia é a historia de licinio...

elis

Unknown disse...

É,quem não se lembra de dona Emilia,pessoa de carisma invejavel e admirado por todos,
pessoa que primava e preservava à sua devoção ao catolicismo,umilde,sem falar na sua gigantesca generosidade,com o seu imensso quintal que mesmo estando distante e à tempos sem ir até la fico daqui a lembrar das muitas mangueiras progenitoras de deliciosas mangas,mangas que ainda hoje chego a salivar e sentir a lembrança da doçura que elas nos praporcionavam e a jaboticabeira que ficava nos fundos no segundo quintal,e seus belos frutos doces feito mel que eram disputados um a um pela criançada,sem falar na alegria e satisfação que se vis em seu semblante de ter o seu quintal cheinho de crianças.É,me lembro sim pois isso fas parte de minha história.
Ela se foi mas na certeza de ter cumprido o seu papel e mui9to bem diga-se de passagem.

GUGUINHA,,,,guanambi 28/08/2008.

Unknown disse...

Guguinha achei póetico o seu comentário. É muito bom saber que outras pessoas também comungam dessas observações a respeito de minha avó, do quintal, das frutas, das brincadeiras, do cheirinho de crianças no quintal. Tudo continua no lugar e o meu sonho é transformar aquele espaço num lugar onde as novas gerações possam curtir o que nos sentimos. As mangueiras, jaboticabeiras, goiabeiras estão todas lá e que continuem dando muitas frutas para que as crianças de Licínio continuem aproveitado tudo aquilo. Valeu meu querido pelas suas palavras. Lindas! Me emocionei muito.De verdade, um grande e carinhoso abraço.

Ateliê Lili Artes disse...

A memória de um povo se revela em suas fontes históricas e mais bela dentre todas é a oralidade. D Emília não foi unicamente a moradora mais velha de nossa querida Licínio, ela foi e permanecerá sendo a própria história viva desta terra. Suas história perpassam e nossos netos saberão quem foi essa lenda viva. Eu, como historiadora e protagonista do processo histórico desse município, prometo muito fazer, embora não ter apoio e vontade política dos governantes para tal, preservar o memória histórica e reconstruir, ainda que demore, através de um arquivo público ou museu histórico, a história de guerreiras como D. Emília e tantas outras que deram vida e originalidade para nossa cidade. Tenho orgulho de ser liciniense, não pelos que a governam mas, pela história dos pequenos, pelas migalhas.

Unknown disse...

Elianar minha querida amiga, fiquei muito feliz com seu omentário e digo que no que depender de mim podes contar. Estou pensando seriamente em criar um Instituto ou fundação para preservar a história da cidade e registrar a história de minha querida avó de de outros personagens importantes desta terra. Vou em Licinio em janeiro e podemos conversar a respeito. Pretendo criar a FUNDAÇÃO CASA DE DONA EMILIA.
Suas palavras foram tão carinhosas. Um grande e fraterno abraço.

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