Segundo o AURÉLIO, doutor é um substantivo masculino e tem os seguintes significados: 1 Aquele que se formou numa universidade e recebeu a mais alta graduação desta após haver defendido tese. 2. Aquele que se diplomou numa universidade. 3. Popular Médico. Já para a lingüistica, Lapiau é considerado um termo designativo dialetal, regional e que significa, homem matuto, roceiro, aquele que vive do e no mato, etc.
O Doutor e o Lapiau
Eis que eu dia estava o Lapiau "pitando" seu cigarro de palha na porta de seu terreiro, quando um carro parou e lhe pediu uma informação.
_ Oh! seu moço, diga-me como faço para chegar na cidade?
O lapiau olhou com uma certa desconfiança aquele homem estranho, mas como é hábito de gente simples, da roça, apontou com o braço direito a direção que o homem do carro deveria seguir para que pudesse chegar à cidade, mas disse-lhe:
_ Cuidado com o buraco.
Dentro do carro o Doutor, um médico recém chegado àquelas bandas para trabalhar dizia pra si mesmo: _ Ora, ele me aconselha cuidado! Logo eu que sou uma pessoa experiente, vindo de uma cidade grande, cheia de perigos reais... Voltou imediatamente seu pensamento para o esteriótipo do sujeito que vira a pouco e supunha:_ pobre coitado, deve ter uma vida sofrida, a expressão no rosto mostrava isso! Deve também trabalhar muito, a pele queimada de sol, demonstrava isso! Não deve comer uma boa comida, já que era esqualido! Pensava também que aquele velho senhor deveria morar sozinho, sem ninguem para cuidar dele.Teve certeza de que aquele homem provavelmente não tivesse hábito de ir ao médico consultar-se e concluiu:
_ Pronto agora já sei da minha missão, vou ajudar as pessoas como esse senhor que vi logo atrás. Eu poderei dar-lhes uma vida melhor para eles. Eu conseguirei ensinar-lhes as noçoes básicas de higiêne, hábitos alimentares saudavéis e e cuidarei de suas doenças afim de que eles possa viver mais e melhor. Entretido em seus pensamentos nem percebeu um enorme buraco à sua frente, somente sentindo o solavanco que a queda do carro dentro deste provocou. Levou as mãos à cabeça e já refeito do susto atinou para o conselho do Lapiau. Chegou mesmo a ouvir sua fala. E ela era tão nítida que ele olhou para trás e podia jurar que era o velho quem falava de novo: "_ Cuidado com o buraco." E era mesmo o lapiau que, montado no seu cavalo dizia a frase profética.
Ciente do erro que cometera, O Doutor disse ao Lapiau:
_ Se eu tivesse prestado atenção no seu conselho não cairia aqui. Ainda assim obrigado pela orientação. Logo atrás do velho Lapiau chegaram seus filhos, dois homens fortes e solícitos que ajudaram o Doutor a retirar o seu carro da valeta. O Lapiau ainda convidou o Doutor para tomarem um café da tarde que sua senhora acabara de fazer. Uma mesa simples, porém muito farta de bolos, aipins, tapiocas, requeijão e cuscús acolheu aconchegantemente o forasteiro.
Não é uma titulação que faz ninguém melhor ou pior do que quem não a tem. O que interessa mesmo é sabermos que o que importa é juntarmos os bem quereres e as boas experiências, para aprendermos juntos e assim mudarmos as nossas concepções equivocadas e trilharmos caminhos, onde mesmo com buracos, possamos desviarmo-nos deles e alcançarmos o objetivo desejado:
Uma vida melhor para os seres humanos, especialmente os mais perto de nós e assim nessa corrente criarmos uma atmosfera de harmonia e justiça afim de melhorarmos como gente, como pessoas, não no futuro, mas já, a partir de agora.
Esta crônica tem por finalidade fazer perceber que o que está em jogo no atual momento político não são os saberes e a importância titular dos doutores que disputam o pleito de 5 de outubro, mas sim, os desejos de melhora da população que vive na cidade, que conhece os problemas, que sente na pele as dificuldades. Aos doutores, (tanto a Alan quanto a Ernandes) vale lembrar que os seus saberes acadêmicos já foram provados nos bancos acadêmicos, o que agora importa é o compromisso com a prática da administração pública, onde a vida e o bem estar de muitos estão em jogo. Ouvir a voz do povo é sem dúvida um sinal de inteligência.
abraços.
crônica editorial
Crônica escrita por Hiller Soares
O Doutor e o Lapiau
Eis que eu dia estava o Lapiau "pitando" seu cigarro de palha na porta de seu terreiro, quando um carro parou e lhe pediu uma informação.
_ Oh! seu moço, diga-me como faço para chegar na cidade?
O lapiau olhou com uma certa desconfiança aquele homem estranho, mas como é hábito de gente simples, da roça, apontou com o braço direito a direção que o homem do carro deveria seguir para que pudesse chegar à cidade, mas disse-lhe:
_ Cuidado com o buraco.
Dentro do carro o Doutor, um médico recém chegado àquelas bandas para trabalhar dizia pra si mesmo: _ Ora, ele me aconselha cuidado! Logo eu que sou uma pessoa experiente, vindo de uma cidade grande, cheia de perigos reais... Voltou imediatamente seu pensamento para o esteriótipo do sujeito que vira a pouco e supunha:_ pobre coitado, deve ter uma vida sofrida, a expressão no rosto mostrava isso! Deve também trabalhar muito, a pele queimada de sol, demonstrava isso! Não deve comer uma boa comida, já que era esqualido! Pensava também que aquele velho senhor deveria morar sozinho, sem ninguem para cuidar dele.Teve certeza de que aquele homem provavelmente não tivesse hábito de ir ao médico consultar-se e concluiu:
_ Pronto agora já sei da minha missão, vou ajudar as pessoas como esse senhor que vi logo atrás. Eu poderei dar-lhes uma vida melhor para eles. Eu conseguirei ensinar-lhes as noçoes básicas de higiêne, hábitos alimentares saudavéis e e cuidarei de suas doenças afim de que eles possa viver mais e melhor. Entretido em seus pensamentos nem percebeu um enorme buraco à sua frente, somente sentindo o solavanco que a queda do carro dentro deste provocou. Levou as mãos à cabeça e já refeito do susto atinou para o conselho do Lapiau. Chegou mesmo a ouvir sua fala. E ela era tão nítida que ele olhou para trás e podia jurar que era o velho quem falava de novo: "_ Cuidado com o buraco." E era mesmo o lapiau que, montado no seu cavalo dizia a frase profética.
Ciente do erro que cometera, O Doutor disse ao Lapiau:
_ Se eu tivesse prestado atenção no seu conselho não cairia aqui. Ainda assim obrigado pela orientação. Logo atrás do velho Lapiau chegaram seus filhos, dois homens fortes e solícitos que ajudaram o Doutor a retirar o seu carro da valeta. O Lapiau ainda convidou o Doutor para tomarem um café da tarde que sua senhora acabara de fazer. Uma mesa simples, porém muito farta de bolos, aipins, tapiocas, requeijão e cuscús acolheu aconchegantemente o forasteiro.
Não é uma titulação que faz ninguém melhor ou pior do que quem não a tem. O que interessa mesmo é sabermos que o que importa é juntarmos os bem quereres e as boas experiências, para aprendermos juntos e assim mudarmos as nossas concepções equivocadas e trilharmos caminhos, onde mesmo com buracos, possamos desviarmo-nos deles e alcançarmos o objetivo desejado:
Uma vida melhor para os seres humanos, especialmente os mais perto de nós e assim nessa corrente criarmos uma atmosfera de harmonia e justiça afim de melhorarmos como gente, como pessoas, não no futuro, mas já, a partir de agora.
Esta crônica tem por finalidade fazer perceber que o que está em jogo no atual momento político não são os saberes e a importância titular dos doutores que disputam o pleito de 5 de outubro, mas sim, os desejos de melhora da população que vive na cidade, que conhece os problemas, que sente na pele as dificuldades. Aos doutores, (tanto a Alan quanto a Ernandes) vale lembrar que os seus saberes acadêmicos já foram provados nos bancos acadêmicos, o que agora importa é o compromisso com a prática da administração pública, onde a vida e o bem estar de muitos estão em jogo. Ouvir a voz do povo é sem dúvida um sinal de inteligência.
abraços.
crônica editorial
Crônica escrita por Hiller Soares







Nenhum comentário:
Postar um comentário